sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Nome de família


'Siddiq found that an estimated 600,000 women over the last five years had been asked to prove they were related to their children when taking their families through UK border control, leaving many stranded for hours if they did not have marriage or birth certificates or were travelling without their partners.
The problem is likely to become more common as women are increasingly likely to keep their maiden name after marriage. Around one in seven women say they intend to keep their name after marriage, according to recent research by YouGov. A separate survey found that just 4% of women intended to give their children their maiden name rather than the father’s name.'

3 coisas muito rápido:
- uma em sete não pensa alterar? Só?? Estamos no século XXI caramba, pensei que estivesse lá para os 30-40%;
- só 4% pensa dar o seu apelido aos filhos? Isso quer dizer que grande parte das mulheres que não adotam o nome do marido mesmo assim perpetuam a ideia do pai-chefe-de-família e acham inconcebível os seus filhos herdarem o seu apelido;
- não é 'maiden name', porra, é 'a woman's last name'.




S.

8 comentários:

  1. Fun fact: quando fomos aos EUA, em 2010, já éramos casados; na alfândega eu avancei primeiro, fizeram a pergunta da praxe sobre se ia sozinha ou acompanhada, disse que ia com o husband; mandaram avançar o dito cujo, para fazerem o controlo de passaportes em conjunto; ah, mas não têm o mesmo last name. Típico. A minha resposta: we're european, we don't do that anymore :D

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Haha, Izzie a contribuir para a impressão que os americanos têm de que na Europa é tudo uma cambada de libertinos (até deixam as mulheres ficarem com o nome de solteira, oh) :D

      Mas, caramba, uma criança não tem o nome dos pais no passaporte? Achava que sim...

      Eliminar
  2. acho que isso dos 4% se deve ao facto que a maioria dos países não tem por tradição dar os apelidos de ambos os pais :/ os países anglófonos são o maior exemplo disso, mas creio que os escandinavos seguem o mesmo modelo (nome próprio, nome do meio, apelido único) e não serão os únicos na europa :/ a islândia por exemplo funciona com patronímicos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não é claro no texto mas penso que o inquérito foi feito no UK. Mas exatamente pelo facto de no Reino Unido haver a tradição de se ter apenas um apelido, é gritante que só 4% das mulheres considere que esse apelido nos filhos deve ser o delas.

      Eliminar
    2. Ah! Como dizia "taking through UK border" pensei que fosse a entrar... mas sim, havendo só um apelido devia haver maior número de mulheres a impor-se - mas talvez a tradição fale demasiado alto ainda

      Eliminar
    3. Eles falam que o inquérito da 1 em 7 foi feito pelo YouGov, que é uma agência britânica, suponho que o dos 4% tenha também sido feito lá. Sei que nos EUA, e portanto talvez no Reino Unido também, é relativamente comum casais adotarem um apelido novo os dois que consiste nos dois apelidos juntados por um hífen. Gostava de ver mais estatísticas sobre essa escolha.

      Eliminar
  3. Ah! Pois, isso muda um pouco a perspectiva, sim. Fun fact: quando a minha irmã se casou, o marido dela optou por também se chamar "Ferreira Duarte". O meu pai ficou tremendamente ofendido porque "ele não é meu filho", como se a minha irmã passasse automaticamente a ser filha (quiçá propriedade) de outra família e isso fosse normal e aceitável :/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, essa reação espelha bem as expectativas diferentes que se mete na mulher e no homem no casamento, nisso da adoção dos nomes.

      Eliminar