sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Consultorias, oh consultorias!

A minha maior ambição é trabalhar na Comissão Europeia. Uma ambição nada modesta, mas desde quando é que um sonho tem que ser modesto? Aliás, deve-se sonhar alto, para darmos o melhor de nós e não só o esforço mediano. Aim high, devia ser o lema de toda a gente. Claro que as ambições não se atingem num piscar de olhos, é preciso ir avançando passo a passo, sem nunca desistir.

Uma das disciplinas que escolhi este semestre (Lobbying and policy-making in the EU) não me tinha convencido totalmente. Lobbies, interesses a tentar influenciar a formulação de leis sempre me pareceu ser muito duvidoso, ter uma conotação negativa. Isso foi até ter começado a estudar esta disciplina.

Segundo consta, a Comissão tem pouco pessoal para lidar com as suas funções (fazer leis para 500 milhões de cidadãos). Portanto, precisa da informação detalhada e especializada que grandes grupos de interesse lhe podem fornecer para poder formular as leis como deve ser. E como é que esses grupos adquirem essa informação tão preciosa? Recrutam os serviços de investigadores. Segundo consta, há tanta gente a tentar influenciar o trabalho da Comissão Europeia como pessoas a trabalhar lá dentro.   

Ora, onde é que eu quero chegar... Existem inúmeras empresas cuja função é 'vender' os projetos encomendados por interesses de grupo, que por sua vez os vão fornecer à Comissão. Essas empresas, as consultorias, empregam investigadores, especializados na União Europeia e noutros assuntos mais específicos (ambiente, energia, transportes, saúde, etc.) para levarem a cabo esses projectos. O que significa que encontrei uma potencial carreira :)

É algo que me vejo definitivamente a fazer durante longos anos. Basicamente é uma extensão do mestrado, já que envolve apenas (apenas!) pesquisa e investigação. Seria como fazer teses mas com alguém a pagar-me para isso. É perfeito. O meu carácter encaixa perfeitamente nesse tipo de trabalho: meticulosa, perfecionista, adoro trabalhar sozinha durante longos períodos de tempo, serena e extremamente autónoma. E o que é melhor, estas empresas são absurdamente receptivas a candidatos! Normalmente as instituições não gostam de receber currículos especulativos, algumas colocam isso bem explícito no seu site, 'Só aceitamos candidaturas para vagas abertas'. Ora, as consultorias que já pesquisei enfatizam que os currículos de todos os candidatos que se interessarem por trabalhar para elas são bem-vindos. !!!

Por isso arranjei nova ocupação: pesquisar entre a extensiva lista de consultorias que trabalham com a UE (a UE fez o favor de colocar essa lista no seu site EuroActiv. Já alguma vez mencionei quanto a adoro?) e enviar o meu currículo, mais a aborrecida mas fundamental carta de apresentação (cover letter).

Desta vez não vou escrever uma única cover letter e enviá-la para todas as vagas a que quero concorrer, mudando apenas algumas coisitas. Nop. Vou escrever uma carta personalizada para cada consultoria, para exprimir o meu entusiasmo em trabalhar para a mesma e para que tenha a certeza que dei o meu máximo em cada candidatura.

Figas, please :)  ! 




P.S. - Esta foto provavelmente dá a impressão errada. A minha ambição é a Comissão sim, mas não ser Comissária. O trabalho de bastidores é muito mais a minha 'praia' ;)

S.

4 comentários:

  1. Assim é k é!( como se costuma dizer pra frente é k é Lisboa)Continua sempre com esse otimismo (dos fracos não reza a História!!!!!!!!!!!!)!

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  2. é sempre bom ter-se uma ideia daquilo que se quer fazer. quanto mais se estuda, se vive, mais os gostos se tornam apurados, e as coisas a pouco e pouco começam a fazer sentido. :)

    é verdade, e o estágio no parlamento, já começaste?

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  3. É verdade, quando se entra para a universidade com 17/18 anos é quase impossível saber exactamente o que se quer fazer. É à medida que vamos avançando no estudo e na vida que percebemos.

    :( oh, não fiquei... Fui à entrevista mas depois não fui escolhida. Fiquei mesmo desapontada, nem imaginas.

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