quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A-fazeres - Livros

Pois bem, esta deve ser a lista mais longa - e mais urgente - daí que ganhe prioridade.


  • Morgadinha dos Canaviais. Ai, Morgadinha, Morgadinha. Nem sei que te diga. Comprei-te há quase 3 meses, quando ainda estava cheia de Londres e de uma vontade imensa de tudo. Ainda ali estás, poisada ao lado da cama, olho para ti todos os dias ao acordar e ao deitar, e ainda não vais nem a meio. Estás bem escrita, irritantemente bem escrita, politicamente correta de bem escrita, toda realistazinha e ainda não decidi se gosto de ti. A tua escrita faz-me lembrar Os Maias, mas a ti, Morgadinha, falta-te a irreverência de um Ega, a pasmaceira de um Eusebiozinho, o escândalo do amor incestuoso mas não intencional de Eduarda e do outro. Vamos lá ver se ainda me consegues surpreender.

  • Jane Eyre tem que se lhe seguir. Histórias com mulheres no papel principal é o que se quer aqui para estes lados. Intervalar livros português-inglês, também.

  • Este ano a FCSH tem um curso de verão intitulado Pioneiras na Construção Europeia, ou coisa que o valha. Quando descobri, o gritinho histérico foi inevitável. Na impossibilidade de o frequentar, vou roubar a bibliografia e lê-la, embevecida, por minha conta. Eu, feminista e europeísta convicta, que nem sabia que havia mulheres envolvidas no caso! Pff, ando a falhar. Cheira-me a novas heroínas...

  • Ler Freud. Ando com uma vontade insidiosa de conhecer a fundo a obra deste senhor provocativo e pioneiro no conhecimento da mente humana. Para poder validar o que já conheço e o que desconfio da mente humana com um "Ah, isso é o teu super-ego a manifestar-se" ou "Hmm, que complexo tão [inserir nome respeitoso] que desenvolveste". Tudo isto aliado ao sarcasmo, claro, mas então um sarcasmo com classe.

  • Tenho um fascínio pela língua francesa que não tive quando fui obrigada a estudá-la no 3º ciclo. Há 2 anos, quando passei um verão a relembrá-la e a preparar-me para um exame, tomei-lhe o gosto. Ler é a melhor maneira de aprender uma língua. Sei-o por experiência própria. Ganha-se vocabulário, mas mais importante que tudo, ganha-se uma consciência da língua semelhante à dos nativos, ao ponto de irmos lá por intuição, sabermos que tal está certo ou errado porque sim, porque soa bem (ou mal). Ora, o único livro em francês que tenho à mão é o Wuthering Heights da Emily Bronte. Um bocadinho acima das minhas capacidades, não, visto ser um clássico da literatura inglesa... Mas como eu sou rapariga cheia de crença no karma, que tudo acontece por uma razão e não sei quê, vou-me lançar de cabeça. Este livro não há-de ter vindo parar às minhas mãos em vão!

  • Aqui há uns tempos comprei um livro em 2ª mão numa daquelas bancas de livros que por vezes se veem por feiras e assim. Fascinada a passar os olhos por aqueles títulos e nomes de autores portugueses que desconhecia mas cujos exemplares de capa dura, vermelha, bem antiga, me inspiram sempre respeito. Acabei por trazer um de um autor que desconheço, mas que por alguma razão me atraiu a curiosidade mais do que os outros. Está na prateleira à espera de ser lido.

Num futuro próximo, acho que é isto. Se conseguir ler todos estes até dezembro, vou-me sentir uma pessoa realizada e sem razões para lamentar falta de tempo. Mas a questão é que não são apenas livros. Ainda existem umas listas de séries, filmes, receitas, etc que disputam o meu tempo livre...




S.
too lazy for photos

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