sábado, 16 de março de 2013

Media, é assim mesmo #3

Só lá cheguei quando li a explicação detalhada.


Que filme tão complicadamente construído, de linhas curvas e sem continuidade linear no tempo. Tem a complexidade e aleatoriedade de pormenores tal e qual como num sonho.

Intriga, e dá pano para debates intermináveis, sem ser possível chegar-se a uma conclusão. Como disse, só o entendi satisfatoriamente quando li a explicação do Salon.com

Está aqui porque, para além de ter as 2 (3?) personagens femininas como absolutas principais, é uma crítica séria, velada mas forte quando nos apercebemos que ela lá está, da objetificação da mulher por Hollywood:

"He’s playing explicitly with how Hollywood uses women predominantly as sex objects — except he’s turning the formula on its head, making the women’s world a closed one, at least in Diane’s fantasy of it. But of course, in the end she’s doing the same thing a Hollywood movie normally does to a Camilla — imagining that she’s an empty object that she can possess."

As duas personagens principais + uma são complexas (como não podiam deixar de ser, depois daquele enredo tão denso e sinuoso), tão complexas como um sonho consegue ser.

Há que preparar para duas horas e meia de mind-fuck - que eu não preparei; sabia que era um thriller complicadito mas "thriller complicadito" é um grande eufemismo para o Mulholland Dr. e eu nunca tinha visto nada assim -, na certeza porém de que o Google salva a nossa curiosidade de viver para sempre intrigada.






S.


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