domingo, 11 de janeiro de 2015

Florestas, onde estiveram toda a minha vida?

Estas semanas que passei a correr em Portugal debaixo de 16-17° e sol brilhante estavam-me a amolecer o espírito. Que inverno é este, interrogava-me eu, quando as minhas corridas curtinhas eram passadas a correr de fonte em fonte para acalmar uma sede que não era suposto se fazer sentir em pleno inverno. Fez-me várias vezes falta um chapéu com pala, que o sol encandeava durante os treinos.
 
Well, no more. Ontem à noite olhei apreensiva a neve que caía em rodopio por causa do vento forte, e rezei a todos os santinhos que os 5° que davam para hoje fossem suficientes para não deixar o gelo acumular nos passeios. Esperei pelo meio-dia para ver se o pico do calor - hahaha! - ajudava a derreter o que pudesse restar da água congelada de ontem.
 
Acho que os santinhos me devem ter ouvido porque hoje não tive vislumbre de superfície vidrada alguma.
 
Ainda assim o meu plano era enfiar-me pela floresta adentro. Munida dos meus ténis ultra-resistentes, ultra-não-escorregantes, ultra-impermeáveis, de tapa-orelhas, luvas e impermeável corta-vento, lá fui eu. Tinha esperança que ia ser desta que estreava o aconchego polar de pescoço que nos deram na São Silvestre de Lisboa, mas infelizmente ainda não está assim tanto frio. Mais inverno virá, não desanimarei.
 
 
(Fotos da primeira vez que lá fui, não houve paciência para tirar o telemóvel da braçadeira desta vez)
 
Está um vento do demónio aqui no norte de Inglaterra. Vi várias árvores arrancadas pela raiz na tal floresta e não fui capaz de despir o impermeável durante toda a corrida, coisa que pensei que ia acabar por acontecer uns minutos depois de começar a correr. Fiz schlop, schlop durante grande parte do caminho e fiquei com os ténis cheios de lama, mas com sorriso maníaco na cara. É tão mais fixe ir pelo mato dentro, à beira-rio, e ver patinhos e esquilos. O ponto alto foi quando tive que saltar um riacho de pedra em pedra, espetacular, e nem molhei os pés porque estes ténis são mesmo impermeáveis e feitos para a selvajaria. Estou mesmo contente com isto de correr na floresta.
 
 
(idem)
 
 
Olhai, isto é um caminho que vai dar ao Peak District, a mancha verde mestre do mapa, sempre por floresta, por isso num destes dias hei-de lá ir ter, quando começar a correr mais de hora e meia ao fim-de-semana.



Bem que podem os passeios congelar, já encontrei alternativa mais do que compensadora.




S.  

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