Falta um ano para acabar o mundo. Portanto há que aproveitar bem os próximos doze meses.
Brincadeiras à parte, acho que uma mentalidade de contagem final pode ser saudável. Uma pessoa olhar para trás e questionar-se: "Já concretizei tudo o que queria até a esta fase da minha vida? Estou onde sonhei estar com esta idade? Ou ando a desperdiçar tempo?". No fundo, é fazer o balanço da nossa vida regularmente, não pensar que se tem tempo e que a vida é muito longa e que o dia há-de chegar. Ter objetivos e trilhar o nosso caminho todos os dias em direção a eles.
Como tudo, o segredo é não cair no exagero e na obsessão. Há que deixar espaço ao imprevisto, e às mudanças de percurso intencionais ou ocasionais. Mas deixar tudo nas mãos do "destino", definitivamente não.
Esta é uma filosofia de vida muito bonita mas que eu sigo só até certo ponto. Tenho muito a mania é de olhar para frente, de ver o que ainda me falta conseguir, os sonhos a realizar, os feitos a conquistar, o conhecimento que ainda falta obter. Não posso falar no futuro, mas se o mundo acabasse hoje eu ía era ter uma lista gigante de coisas "em falta", em vez de me contentar com a lista de coisas "atingidas". Aqui ficam algumas:
- trabalhar na Comissão Europeia;
- doutoramento e defesa de uma tese (provavelmente relacionado com a primeira);
- viver em Nova York;
- fazer uma viagem de comboio pela Europa;
- dar à luz;
- ler Freud (porquê, oh porquê que a minha pilha de livros a ler está a baixar tão devagar!);
- fazer a viagem de carro nos Estados Unidos de costa a costa;
- apertar a mão da Rowling;
- dizer o sim;
- ver um concerto de Arctic Monkeys;
- (queria um autógrafo do Saramago, mas parece que já não dá).
É tudo o que me lembro (e se não me lembro de mais, é porque provavelmente não são assim grandes sonhos meus).
P.S. Se o mundo realmente acabar em 2012, fica a questão: o que acaba primeiro, o mundo ou o Euro? Não sei se são mutuamente exclusivos...
S.
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