Este foi escolhido aleatoriamente, numa daquelas bancas que vendem livros em segunda mão, de capas respeitosas e com uma porrada de anos em cima. Nem sei porque é que me decidi por este já que nem tinha resumo. Ou foi o desenho ou foi a capa rija azul bebé.
Seja como for, foi uma boa escolha. Estou a gostar muito. Faz-me lembrar o Levantado do Chão do Saramago, o primeiro livro que li que me deu uma noção completamente crua e portanto realista do que era a vida no interior do nosso país na primeira metade do séc. XX.
E depois tem o benefício de estar repleto de expressões que deduzo serem de Trás-os-Montes (Terra Fria), daquela altura (anos 40), e que faz com que apareçam frases como:
"A manhã não havia nascido ainda e já ele arreava a pileca."
A minha mente de séc. XXI habituada a duplos significados da Língua Portuguesa não é de ferro. Quase larguei a rir no meio do autocarro. Tenho a certeza de que pelo menos as sobrancelhas fizeram danças estranhas pela minha testa.
Só tenho pena que o livro não esteja escrito em português de oitocentos. Com dois fs e não sei quê. Entrava em contato com três formas de escrever português e contaria como sobrevivi.
Tudo isto para dar conta da minha nova incursão literária. E para referir que já consigo ler no autocarro e assim aproveitar pelo menos 45 minutos diários que eram passados a dormir ou a olhar para ontem.
S.
LOL arreava a pileca!
ResponderEliminarEntretanto descobri que pileca era o cavalo, portanto, metia o arreio no cavalo é o que se pode deduzir desta frase.
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