A atividade que me estava a causar tanto comichão, tanta preguiça, tanto adiamento e tanta ronha já está acabada. Foram três dias intensos de arrebanhar tudo o que há dentro de prateleiras e gavetas para dentro de malas (e uma caixa, coisa inédita). Apeteceu-me chorar de alívio por ter cabido tudo o que queria levar nos pacotes que contava levar. Metade vai no avião, outra metade pela Chronopost, quando houver casa lá, de forma que não foi só enfiar coisas em malas, houve que pensar sobre o que será preciso a curto prazo e o que se está à vontade para esperar uns dias.
Este processo de fazer as malas, bem mais intenso do que o de há ano e meio para Londres, mas menos atabalhoado que com menos stress do que o há 9 meses de Londres para cá, deu para concluir uma coisa: não sou tão desapegada das minhas coisas como gosto de pensar que sou. A verdade é que é-me impensável viver sem coisas que provavelmente até são dispensáveis. E apesar de termos conseguido arrumar tudo em quatro malas + uma caixa, a verdade é que há muito sapato, muita roupa, muito utensílio que poderia ser considerado supérfluo.
Não quero saber. Vou mudar de casa e de país, se quiser levar a minha panela de pressão ou as minhas duas mantinhas da Primark estou no meu direito, ora. Os senhores dos aviões é que deviam saber isso. E deviam abrir exceções para pessoas com bilhetes só de ida.
Devaneios à parte, um enorme peso saiu-me de cima. Agora é tamborilar dedos na mesa e bater o pé de mansinho enquanto se espera pelas três da manhã de domingo. Mas isto passa depressa - oh, se passa! - por isso é preciso é brincar muito com o cão, aproveitar este sol maravilhoso de primavera e passar algum tempo com a família. Porque o domingo está mesmo aí.
S.
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