quinta-feira, 21 de junho de 2012

This is why I love the EU - parte II

A Comissão Europeia lançou uma nova campanha. E eu, que me cheirou a igualdade de género, fui espreitar o lançamento.


Nas minhas pesquisas em trabalho já me tinha deparado com a abolição de um mito que pervade o dito senso comum e que é um dos grandes culpados por haver tão pouco mulherio em áreas científicas (vulgo Agrupamento 1):

- As raparigas são tão boas em Matemática (em alguns países, até melhores) quanto os rapazes.

Quando descobri, primeiro arregalei os olhos de espanto e logo a seguir enfureci-me. Contra o meu professor de Matemática do 9º ano que dizia cheio de desprezo que Humanidades era para meninas, contra o estereótipo do cientista louco homem de meia idade de cabelo branco, contra a afirmação - pelos vistos - estupidamente idiota tão frequente na boca de toda a gente que o cérebro dos rapazes é melhor a fazer contas do que o de quem tem mamas. 

Parece que a Comissão também se enfureceu. Vai daí e lançou então esta campanha para tentar atrair raparigas adolescentes para áreas tecnológicas, científicas, mecânicas. E para a investigação.

Maneira escolhida: provar que a ciência pode ser feminina. Ainda não decidi se esta é a melhor abordagem mas, hey, whatever works...

Foi engraçado ver raparigas naquele lançamento com batôns com o logótipo da campanha, pequeninos boiões de creme, sacolas. Mas o mais interessante aqui, e essa é a base de toda a campanha, são as role-models. Mulheres que trabalham em profissões de ciências naturais, engenharia mecânica, em laboratórios, informática, a explicar o que fazem, como fizeram para chegar ali, como a ciência não tem de ser masculina. Se tivermos em conta que 1/4 das raparigas britânicas de 11 anos almejam ser strippers (Sexualisation of Young People Report - google it!), parece-me um bom exemplo.

Fico contente. Muito. Quase me faz arrepender ter mudado de Agrupamento no 10º ano...



S.


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