terça-feira, 27 de novembro de 2012

Das conferências e das chatices das manifestações



Pararam grande parte da cidade? Pararam.

Bloquearam as artérias principais de acesso ao bairro europeu com os seus 500 tratores? Bloquearam.

Deu muita chatice a muita gente que ia trabalhar? Deu.

O Parlamento quase fechou as portas por causa do protesto? Sim.

Íamos ficando sem lugar para a conferência que andámos a preparar durante meses, correndo o risco de mais de cem pessoas ficarem à porta? Pois, e trememos muito durante duas horas.

Metade das pessoas chegaram atrasadas? Chegaram.

Houve muito barulho? Se houve.

Tem razão? Não faço a mínima.

É justo que milhares de pessoas sejam afetadas porque uns quantos agricultores se sentem injustiçados? Absolutamente.

O direito à manifestação é um direito ileanável  dos cidadãos de um país democrático. Independentemente das chatices que possa causar  - e normalmente causa - a terceiros. Acho sempre muita piada a quem é contra as greves pelo incómodo que lhe causa. Estes foram especialmente perspicazes em dirigirem os seus protestos a quem é realmente responsável pela política agrícola europeia - as instituições europeias em Bruxelas. E, desculpem mas borrifar a polícia de choque com jatos de leite é ridicularmente engraçado.


A conferência correu muito bem, obrigada. 



S.

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