terça-feira, 28 de outubro de 2014

Último estado da evolução

Vamos lá ver: eu sou uma pessoa que ama dormir. Mas ama, mesmo, do género não ter vontade de sair da cama quando não tem nenhum horário a cumprir. Abraçar a almofada, enroscar no edredão, estas são duas das minhas coisas preferidas neste mundo. Um bocadinho abaixo de crepes com Nutella, mas não muito, e bastante acima de correr.
 
Em quantos e quantos domingos, o meu dia semanal da corrida longa, eu adiei a hora da partida para além do meio-dia para conseguir dar mais um abraço à almofada, mais um suspirozinho de contentamento por estar deitadinha sem fazer nenhum. Por quantos e quantos fins de tarde esperei eu este verão até que estivesse fresco o suficiente para poder ir dar uma corrida, sem nunca ter esperado por uma madrugada para obter o mesmo efeito. Quantas e quantas vezes olhei com a admiração reservada a heróis atletas que se levantam às 5, 6 da manhã para irem correr por essas estradas e matos afora, especialmente no inverno.
 
Por isso, quando, hoje, pela primeiríssima vez na vida, me levantei da cama às 7 da manhã para ir correr antes das aulas, percebi que a minha evolução está completa. Tornei-me uma daquelas pessoas.
 
 
 
 
 
"Completing a PhD is a marathon", disse o outro, numa das primeiras coisas que ouvi quando cheguei à universidade. Hahahaha, ai é? Então já são duas! :D





S.

2 comentários:

  1. Na verdade, vais perceber que correr antes de tudo facilita tanto o resto da rotina diária que a almofada se vai sentir trocada. Mesmo assim, estará lá à tua espera ao final do dia, saudosa.

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  2. Pois, o pior mesmo é que gostei e não foi sacrifício nenhum. Vamos ver se é para continuar.
    Aqui agora anoitece às 16h e pouco, não dá mesmo para correr ao fim da tarde.

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