Começo a pensar seriamente que procurar casa é tão ou mais difícil que procurar emprego.
O processo é exatamente o mesmo: pesquisa mais pesquisa todos os dias, em meia dúzia de sites previamente guardados na barra de marcadores, contactar os senhorios, chegar à fase da visita/entrevista, e do "depois digo-lhe se a escolhemos". O mercado imobiliário de Bruxelas é tão saturado de procura que os senhorios dão-se ao luxo de elaborar uma lista de potenciais interessados, exigir comprovativos disto e daquilo (especialmente rendimentos de ambos os membros do casal), e de depois escolher à vontade quem lhes parece mais digno de ocupar as reais paredes de míseros estúdios.
A paranóia e o stress não se instalaram porque, ainda assim, temos um telhado sobre as cabeças, numa zona que gostamos muito. Mas o facto de não conseguirmos algo mais baratucho e razoável é inacreditável.
Se a analogia com a procura de emprego está correta, então é bom que me prepare para palmilhar esta cidade de norte a sul, de este a oeste, ver muita coisa, não gostar de metade e de ser recusada para a outra metade. De repente lá estará a casinha que queremos, que não será ainda a "nossa casa", aquela para a qual compraremos os móveis ao nosso gosto e decoraremos com todo o carinho e tempo, mas que cumprirá o objetivo de nos poupar o mais possível, vivendo com o mínimo de conforto.
S.
Entretanto dei por mim à pesquisar casas em Richmond e , por consequência, Hounslow, a nossa morada em Londres. Não vou nem dissecar o que isto significa.
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