Hoje foi o Domingo Sem Carros aqui em Bruxelas. Um dia espantoso de sol e calor fez com que milhares de pessoas saíssem às ruas e tornassem a cidade em algo que eu ainda nunca tinha visto.
À hora do almoço, quando vinha do ginásio, reparei que a praça do Châtelain estava transformada num mercado de coisas em segunda mão. Fui a casa devorar o comerzinho e voltei ali para dar a atenção merecida às bancas de roupa, livros, sapatos, brinquedos, acessórios para a casa e etc.
Nem às quartas-feiras, dia de mercado de legumes e frutas, eu havia alguma vez visto tanta gente! Ainda trouxe algumas peças para casa, a preços de chorar por mais.
Resolvi depois deambular mais um bocado pela cidade para experimentá-la sem o barulho infernal do trânsito e sem a preocupação da segurança rodoviária. Sabia que no centro havia vários eventos e portanto lá fui eu até à Grand Place.
Entretanto fiquei sem bateria na máquina fotográfica, de maneira que as próximas fotos são roubadas ao Google. Mas fazem jus ao que vi hoje.
Aqui, no Mont des Arts, uma das vistas mais bonitas sobre a cidade, completamente livre de carros (o que vem lá atrás é um táxi. Hoje os transportes públicos não foram impedidos de circular, e os táxis idem)
A praça em frente ao Palácio Real
Piqueniques em frente à Bolsa
Uma das avenidas mais movimentadas da cidade, frente ao Parc Cinquantenaire, completamente irreconhecível
De notar que a quantidade de ciclistas na rua foi brutal, e Bruxelas fez-me lembrar Amesterdão. E tal como em Amesterdão, há cagaços com bicicletas que fazem travagens bruscas mesmo em cima de nós ou que se desviam no último centímetro. Mas pronto, faz parte, e mais vale levar com uma bicicleta desgovernada do que com um carro...
Para casa vim um pedaço de bicicleta, para completar a minha experiência do Domingo Sem Carros.
É realmente pena ser apenas um dia por ano. A cidade ganha um ar completamente diferente - literalmente - e as pessoas ganham uma qualidade de vida incomparável. Só o facto de não se ouvir motores de carros é mindblowing... E o mais estranho foi que eu apenas reparei que não se ouvia nenhum carro quando, de vez em quando, passava algum autocarro. Aí é que eu pensava para mim "Realmente, está aqui um silêncio esquisito..." Bem-vinda ao futuro! (esperemos que ele se pareça com isto)
S.
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