domingo, 14 de abril de 2013

Quando cai o verão na cidade

Queria deixar aqui registado que às vezes, muito esporadicamente, lá consigo admitir que vivo num dos melhores sítios do mundo.



Apercebi-me disto hoje, enquanto o sol brilhava (ainda brilha) forte num céu incaracteristicamente azul, numa temperatura ainda mais incaracterística de 22º, e eu tentava decidir se devia ir ao parque, à floresta, ou ao lago. Tudo isto a distância a pé de casa. 

Honestamente, não sei em que outro lado eu poderia viver no centro da cidade e dar-me ao luxo de poder escolher assim. Na minha idolatrada Londres de certo que não.

Escolhi o lago.


Este foi o meu poiso de leitura durante uma hora e pouco.

É mesmo muito estranho, não sentir frio aqui em Bruxelas, nem mesmo à sombra. Troca-nos as voltas, este tempo, e porque o sabemos raro, torna-se extremamente difícil de o gozar. Sabe-se sempre que amanhã já vai embora, e que a chuva já lá vem, e que por isso devia-se mesmo estar era ali sentada a filtrar vitamina D e não pensar em mais nada, e não estar a pensar na semana que vem e no tempo que vai fazer.

Consegui aproveitar, ainda assim. Não tive outra opção, já que os 22º mais o ventinho que soprava e o sol de abril que não queima ditaram que estava uma daquelas temperaturas perfeitas para se estar a ler na rua. Não conseguia ter calor nem frio.

Consigo sempre me surpreender com a felicidade com que os povos do norte encaram estes dias bizarros de sol e calor. Sai mesmo tudo à rua, as esplanadas estão cheias, os relvados idem e, desta vez, até o chão da praça à frente da igreja. 



Qualquer sítio é bom para se estar ao sol. Concordo. 



S.

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