domingo, 26 de maio de 2013

Paralelismos com o mercado de trabalho não são coincidência

Há umas semanas atrás, rumei ao Parlamento Europeu para assistir a uma conferência onde se discutia as vantagens de ter atenção ao género nas políticas de combate ao desemprego jovem. Foi bastante elucidativa porque deu para ver que as razões pelas quais jovens mulheres estão no desemprego e, nalguns casos, deixaram de procurar emprego, são diferentes das razões pelas quais jovens homens estão na mesma situação. Basicamente, deu para concluir que a maternidade e as expectativas de que a mãe será a principal cuidadora dos filhos tem um peso muito grande quer na empregabilidade das jovens mulheres quer nas próprias expectativas destas em relação ao mercado de trabalho, especialmente numa época de profunda crise económica como a que vivemos. A publicação do Parlamento Europeu sobre este tema, que foi basicamente o que os seus investigadores foram apresentar lá à conferência, pode ser consultada aqui: "As Vantagens de uma Estratégia de Género no Combate ao Desemprego Jovem".

Uma das apresentações foi particularmente lúcida e interessante e destacou-se das outras por me ter dado tanto que pensar que achei boa ideia partilhá-la aqui.

O título é "As diferenças de género na vontade de competir" e basicamente foi um estudo que um professor de uma universidade austríaca fez para avaliar a competitividade de rapazes e raparigas em diversas fases da vida. 

Fez 3 experiências com crianças dos 3 aos 18 anos que consistiam em diferentes provas. A 1ª experiência foi feita com crianças dos 3 aos 8 anos na qual tinham que correr 30 metros. Em baixo estão os resultados da performance de rapazes e raparigas por grupos de idades:


Bottomline aqui é que não há diferenças entre sexos na performance da corrida. Ao que parece, as diferenças só surgem a partir da puberdade, em que os homens tornam-se, regra geral, mais rápidos e resistentes do que as mulheres. Entre crianças, é tudo igual.

Na experiência foi depois introduzido um elemento que pretendia medir o nível de competitividade. Foi perguntado a cada criança se queria correr sozinha ou se queria correr em competição com outro/a colega. No caso de escolher a corrida com o/a colega, e se ganhasse, receberia o dobro da recompensa (acho que eram bombons ou assim). O gráfico a seguir mostra o número de rapazes que preferiu a competição e o número de raparigas:


Vemos aqui uma clara diferença da frequência com que os rapazes escolheram a competição em relação às raparigas. Lembremos que a performance é a mesma, portanto a probabilidade de uma rapariga ganhar seria a mesma que um rapaz. No entanto, não é isso que elas pensam.

"Ah, mas é normal que pensem que não são tão boas a correr quanto os rapazes porque corrida e desporto é normalmente uma área onde se considera que os rapazes são melhores." Para tomar em consideração esta espécie de parcialidade que poderia enviesar as conclusões, decidiram fazer outra experiência, desta vez numa área na qual não existe especial parcialidade ou, a haver, poderia pender para o lado das raparigas: arrumar blocos de diferentes formas. Num balde com várias peças de diferentes formatos, as crianças tinham que ir buscar todos os cilindros. Tinham um minuto para meter o máximo de cilindros que conseguissem num copo de plástico. Aqui, as raparigas tiveram uma performance um pouco melhor que os rapazes:


O elemento da competição aqui foi o seguinte: as crianças podiam escolher ganhar uma recompensa por cada peça arrumada ou ganhar duas recompensas por cada peça caso arrumassem mais peças que outra criança que lhes seria emparelhada aleatoriamente. Os resultados da competitividade não variam da prova da corrida:


Novamente, mais rapazes escolhem competir do que raparigas; e o que é mais, a diferença acentua-se com a idade! Isto numa prova que, segundo o investigador, é estereotipicamente associada a raparigas, que estas são melhores do que os rapazes a arrumar os blocos. Esta crescente diferença em competir é-me profundamente assustadora, mas já lá vou. Falta a última experiência.

Desta vez, a experiência consistia em somar números. Prova numérica mas muito simples, apenas adicionar. Aqui, como se sabe há o profundo estereótipo que os homens são naturalmente melhores a matemática do que as mulheres, que as mulheres são bem melhores em matéria de letras e comunicação do que números. Acho que é a maior treta que nos vendem desde pequeninos e que a maior parte das pessoas (eu incluída, até há cerca de um ano atrás) acredita que é mesmo uma diferença entre sexos. Que é o cérebro que é diferente e não sei quê. Os resultados da performance na soma dos números:


Duas conclusões, às quais o investigador chamou à atenção na sua apresentação:

- afinal as crianças aprendem alguma coisa na escola, visto que com a idade ficam melhores a adicionar números (haha!);

- não há diferença entre sexos na adição de números. Zero. Às vezes uma das barras está ligeiramente mais elevada que a outra, mas devido à margem de erro, a diferença desaparece. É tão claro que uma pessoa fica parva a olhar (eu fiquei, ainda que já tivesse lido umas coisas que apontavam neste sentido) e acaba por interrogar-se quem foi a alminha que inventou o mito que as mulheres são de letras e os homens de números. Bom, mas quando se vai para a questão da competição, o padrão continua:


Mais rapazes preferem competir com outro/a colega do que raparigas. E o pior: a diferença aumenta com a idade! (olhem para o grupo dos 17/18 anos, meu deus).

Porquê? Porque é que as raparigas se subtraem à competição muito mais que os rapazes, se têm exatamente as mesmas probabilidades de ganhar? Mais: porque é que se subtraem à competição mesmo quando têm mais probabilidades de ganhar do que os rapazes (na prova dos blocos, ligeira vantagem)? Basicamente, as conclusões do estudo são que as raparigas são mais avessas ao risco que os rapazes, e que os rapazes são mais otimistas em relação à sua performance que as raparigas. Ou seja, as raparigas têm uma perceção de que desempenham pior do que realmente desempenham, enquanto os rapazes têm uma perceção que desempenham melhor do que realmente desempenham. Umas são underconfidents, outros são overconfidents. E, como vimos, os estereótipos só pioram a underconfidence e a overconfidence de umas e outros.

Uma vez que as diferenças entre a vontade de rapazes e raparigas de competir nestas tarefas aumentam com a idade, suspeita-se que a educação e os papéis de género tenham também grande dose de influência nesta vontade de competir.  E faz sentido; das raparigas espera-se que sejam diligentes e aplicadas na escola (e na vida), dos rapazes espera-se que gostem de desporto, que joguem, que compitam, que ganhem (no desporto e na vida). Mas esta vontade de competir não irá ter meras consequências no desporto que se possa praticar ou em competições pontuais que se possa fazer; a vontade de competir é uma característica muito valiosa para se singrar no mundo do trabalho. Para se candidatar a um emprego está-se a entrar em competição com os outros candidatos, para nos tornarmos disponíveis a uma promoção está-se a entrar em competição com outros potenciais candidatos. Nunca tinha percebido a relação entre confiança e competição e mercado de trabalho: só uma pessoa que confia que tem um bom currículo ou que está ao nível do que é pedido em determinado anúncio de emprego se irá candidatar; só uma pessoa com confiança em si irá se propor a uma promoção que envolva qualidades de liderança, gestão, etc. E nisto, ao que parece, os homens ganham-nos aos pontos. É uma questão genética, do tipo os homens são naturalmente mais competitivos? Mas ao que parece é algo que aumenta com a idade. É de educação? De estereótipos de género? Porque de performance, já se viu, não é. 

O investigador disse uma coisa muito interessante, uma espécie de dito: "Um homem vê as especificações de um anúncio de emprego e, se tem uma que condiz, candidata-se; a mulher vê as especificações de um anúncio de emprego e, se tem uma que não condiz, não se candidata." A questão da overconfidence e underconfidence que pelo vistos caracteriza os géneros e que eu vou desconfiando que é mesmo assim.

Este post já vai longo mas há ainda uma coisa que eu queria escrever aqui porque basicamente essa era a finalidade do estudo: a questão das quotas. Não a vou discutir neste post porque dá mesmo muito pano para mangas mas vou só lançar umas ideias.

O que este estudo, na sua segunda parte, pretendia perceber era o efeito que a intervenção de políticas de quotas ou discriminação positiva tem na vontade das mulheres de competir. Já se viu que são no geral pessimistas em relação ao seu próprio desempenho e que se retraem na hora de competir por um lugar. Ou seja, está-se a perder potenciais trabalhadoras competentes em determinadas áreas (engenharias, informática, tecnologias, etc), trabalhadoras já formadas, mas que simplesmente não acreditam que têm hipótese. E portanto nem chegam a candidatar-se a determinadas posições.

No estudo, fizeram mais uma data de experiências, no mesmo molde das outras e com o esquema de sozinho/competição. Desta vez estavam num grupo de seis colegas, 3 homens e 3 mulheres. A tarefa era adicionar números em 3 minutos e podiam escolher: ganhar 50 cêntimos por cada par adicionado corretamente, ou 1,50 euros se fossem um dos dois melhores no grupo a adicionar números. O que os investigadores fizeram foi variar depois o tipo de recompensa para as mulheres que quisessem competir, e no sentido de ver se com ganhos assegurados, as mulheres estavam mais dispostas a competir. No fundo, é simular o efeito que as quotas teriam numa situação real.


Portanto, o CTR é o grupo no qual não era dada qualquer vantagem às mulheres. O que se vê é aquela diferença abismal na predisposição para competir.

No QUO, a regra era que entre os dois vencedores, pelo menos um tinha que ser mulher, o que significa que a mulher com o melhor desempenho venceria decerto. Isto é o equivalente às quotas frequentemente introduzidas nos partidos ou a que a Viviane Reding queria introduzir nos quadros das empresas europeias. Aqui vê-se um claro aumento do interesse das mulheres em entrar em competição, ainda que não supere o dos homens. 

No PT1, era dado às mulheres um ponto extra, que servia como desempate caso elas tivessem um desempenho tão bom quanto os homens. O interesse pela competição aumentou entre as mulheres. 

No PT2, eram dados às mulheres dois pontos extra, o que significa que uma mulher menos qualificada poderia ganhar em relação a um homem com um desempenho melhor. Este é o único em que as mulheres preferem muito mais competir que os homens.

Finalmente, no REP, haveria repetição da competição caso nenhuma mulher ficasse entre os dois vencedores. Na repetição, as regras normais seriam aplicadas. Não convence muito as mulheres a competir, neste caso.

Ou seja, as únicas experiências que nivelam o campo em termos de predisposição para competir são o QUO e o PT1. O único injusto - na minha opinião - é o PT2. É importante frisar mais uma vez que o desempenho das mulheres e dos homens é igual, ou seja, não existe aqui o perigo de estar a favorecer candidatas menos qualificadas do que os candidatos (exceto no PT2). Mesmo com as vantagens favoráveis, quem acaba por ganhar será sempre a mulher mais qualificada. O que as intervenções fazem é aumentar o número de candidatas disponível porque há mais mulheres - igualmente qualificadas que os homens - predispostas a ir à luta. 

Paralelismos com o mercado de trabalho não são coincidência, são intenção. 

Agora o que eu gostava mesmo de descobrir era quanto da pouca vontade de competir é uma questão genética e quanto é socialização do que é "ser mulher".



S.

8 comentários:

  1. Em relação ao mercado de trabalho há o problema acrescido das escolhas que não são baseadas em critérios objectivos. Quando se veem mulheres a candidatar-se a certas posições e sistematicamente serem proporcionalmente mais homens a serem escolhidos (e não estou a falar de homens mais competentes) também há um certo sentimento de que não vale a pena sequer tentar.

    Quanto 'a matemática, na minha família as mulheres são todas optimas a matemática. Tanto que inconscientemente associo a matemática e as ciências ao género feminino, e não tenho nenhuma associação de género clara quanto 'as artes.

    Acho que tanto o espírito competitivo como as competências a matemática se aprendem desde pequenino.

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  2. Nisso das escolhas de candidatos, acho que o problema para acabar com a falta de objetividade era ocultar toda aquela parte dos dados pessoais: nada de nome (que acusa logo o género), nada de idade, nacionalidade, morada e muito menos foto. Só qualificações que é apenas e só o que deveria contar na hora da escolha.

    O encorajamento nas matemáticas, ciências e afins é uma questão de educação e role models. Particularmente para as raparigas. Se estas pudessem ter mais contacto com mulheres que trabalhassem nesses meios, vissem que são bem sucedidas, etc, acho que as perceções do que também elas podem fazer mudavam aos poucos. Isso e mudarem a formar de muitos professores ensinarem, que por vezes cai nestes estereótipos de "meninas-letras ; meninos-números". Tive um professor de matemática no ciclo que dizia isso descaradamente: humanidades é para meninas, homens rijos vão para ciências.

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  3. Será por isso que se vê tão poucas mulheres em altos cargos de direcção, e não por haver discriminação propriamente dita?
    É que para lá chegar é geralmente preciso um certo sentido de competitividade...

    Pelo estudo que aqui mostras, eu diria que essa pouca propensão para a competividade é genética. Acho que aos 5 anos uma criança ainda não está moldada de tal modo culturalmente que a faça retrair-se em contexto competitivo, pelo que a genética deve explicar alguma coisa.

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  4. Aos 5 anos uma criança já
    levou com uma tal carga de factores ambientais que não podes descontar nada disto como sendo causado pela genética. O "cor de rosinha" começa mesmo antes da menina nascer, os pontapés na barriga da mãe a significarem "vai ser bailarina" ou "vai ser jogador de futebol", imensas coisas começam antes de a criança sequer sair cá para fora. A formatação é implacável. A minha miúda de 5 anos tem que estar sempre a ser relembrada (por mim) que não há brinquedos para meninos ou para meninas, que o azul não é só para os rapazes, e milhares de outras coisas.

    Quanto aos cargos de chefia, penso que a dificuldade reside na proporção das candidaturas, mas também nos critérios subjectivos de quem faz a escolha final. Quantas mulheres competentes que se candidatam a cargos superiores ficam pelo caminho para dar lugar a homens menos competentes.

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  5. Há que não esquecer a questão de conciliar carreira com família. A grande maioria das mulheres após serem mães tem dificuldade em aguentar as duas, não só por serem elas a dar à luz e normalmente terem que parar 6 meses, mas porque ainda são as mães as principais cuidadoras dos filhos. Normalmente os cargos de chefia implicam horas extras, um horário mais flexível e alargado que o 9h-17h habitual, etc. Há também uma espécie de teoria (tinha um nome engraçado e tudo, mas não me consigo lembrar, talvez teoria da replicação ou qualquer coisa do género) que diz que um chefe quando está a escolher alguém para o substituir na liderança tem tendência a escolher a pessoa mais parecida consigo possível, que partilhe os mesmos gostos, que tenha as mesmas características, os mesmos comportamentos. Isto ajuda a explicar porque é que é tão difícil às mulheres entrarem nessas espécies de boys' clubs que se formam no topo das hierarquias seja de empresas, seja da política. Isto não é só um problema para as mulheres, é também um problema para pessoas que vêm de classes sociais mais baixas ou pessoas de outras raças/religiões e tem nada ou muito pouco que ver com qualificação ou competência
    Isto para dizer que a questão não é tão simples quanto "ou é falta de competitividade ou é discriminação gritante", há vários factores que influenciam o haver poucas mulheres em lugares de topo. Há é factores que podem ser mais fáceis de modificar que outros. Incutir sentido de competitividade nas raparigas por se saber à partida que têm mais propensão para sofrer de falta dela (seja por razões sociais seja por influência genética; mas não esquecer que competitividade está interligada com autoconfiança) está ao alcance de um pai/mãe mais facilmente que introduzir quotas a nível nacional ou europeu nos quadros de empresas.

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  6. Prometo que não volto assunto, mas dou mais esta ultima achega.
    Esse argumento do conciliar a carreira e a família na colhe. Por causa da opiniao de outrem, excluem-se candidatas ao fazer um juizo sobre a vida privada delas que num contexto profissional nao faz sentido, e justifica ainda mais o reforco de que a mulher TEM QUE fazer o trabalho e ser a primeira no auxilio 'a familia. Ora nem todas as mulheres cabem nessa gaveta, nem todas as mulheres querem sequer caber nessa gaveta. O resultado e' que mesmo quem consegue (ou conseguiria) sem problema nenhum conciliar a vida familiar e profissional, se vê vedada das possibilidades porque outros acham que uma mulher quem tenha filhos não consegue conciliar a carreira e a família. Ou seja, mesmo que tenha o marido em casa, ou que os filhos andem na escola, ou que tenha uma rede de apoio (familiar, ou não, estou a falar de nanies, au pair, etc.), o tipo que vai escolher a pessoa para o posição de chefia, automaticamente barra a entrada de uma mulher com a desculpa de que e' mãe. E não pensa (ou não lhe convém pensar) que uma mulher que se candidata a uma posição de chefia já equacionou os problemas que ira' enfrentar e tem soluções disponíveis antes sequer de enviar o CV ou ir a uma entrevista.

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  7. Snowgaze, eu não estava a defender que os patrões fazem bem em rejeitar candidatas mais-que-qualificadas com a desculpa de que são mães - longe de mim. Mesmo. Se há coisa que me irrita profundamente nisto das desigualdades de género é o tão pouco que mudou na divisão das tarefas domésticas.
    Mas precisamente por tão pouco ter mudado nas expectativas sobre quem é que tem que fazer a lida da casa / cuidar da criançada, é que a conciliação da carreira e família é uma coisa que inevitavelmente pesa na decisão da grande maioria das mulheres de concorrer ou não a posições que exijam mais responsabilidade e horas extraordinárias. Ou seja, se há a expectativa de que "mãe é mãe", de que uma mãe é que sabe e tem que cuidar dos filhos, levá-los à escola, ir buscá-los, levá-los à música, ao karaté, ao ballet, fazer o jantar, arrumar a mochila para o dia a seguir, dar banhos, etc e tal, muitas mulheres não chegam sequer a considerar candidatar-se a certas posições ou tipos de emprego que envolvam trabalho fora de horas. E se ainda há esta expectativa social, ela entra em conta na hora da escolha dos candidatos. Preconceituosamente e estereotipicamente. Que não hajam dúvidas, um empregador não contratar uma mulher qualificada com base no ter filhos ou não é discriminação gritante. Mas acho que de quem eles ainda têm mais medo são das mulheres jovens que ainda não têm filhos. Vou dar um exemplo: um dos argumentos que o lobby das empresas mais atirou à cara do lobby dos direitos das mulheres quando se planeava aqui em Bruxelas aumentar a licença de maternidade a nível europeu foi "vocês querem tanto aumentar os direitos das mulheres após a maternidade que acabam por fazer com que as empresas simplesmente se recusem a contratá-las". Ou seja, não há qualquer vergonha para um empregador admitir que discrimina mulheres candidatas baseado na hipótese (pode nem nunca se concretizar) de um dia poderem vir a engravidar e lhe darem chatice. Isto é gravíssimo, como é óbvio. E, again, faz com que muitas mulheres não vejam outra solução que é abdicar de uma das coisas: ou carreira ou família.

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  8. Claro, toda a gente sabe que as mulheres são discriminadas por causa da maternidade. Fazem é todos (empregadores, instituições, etc) de conta que não é assim. Vocês talvez não se lembrem de que o Millenium (Banco Comercial Português), no início só contratava homens porque diziam que no arranque do banco precisavam de funcionários com disponibilidade a 100%. Isto passou-se para aí há 20 anos.

    Gosto de ler os seus posts!

    Blan

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