Manga-curta em março, a sério?
Entretanto, adquirimos um hábito novo: preguiçar num espaço verde qualquer da cidade.
Leva-se a marmita com as sandes, o sumo, a toalha para estender na relva, o iPod e o The Economist. E ala estender na relva, longe de Facebooks, de e-mails, de blogs e de televisão. É um hábito saudável e para ser repetido sempre que o tempo belga deixar.
Tenho de admitir que só ali percebi o quão online-ó-dependente estou. É uma espécie de doença obsessiva-compulsiva (o precisar de verificar as notificações do Facebook, o atualizar a página do e-mail, o pensar em qualquer coisa para pesquisar no Google só pelo vício de abrir uma nova página de Internet - é por isso que não me permito ter um telemóvel com ligação à Internet, preciso de momentos offline obrigatórios). Mas correu bem e aguentámos duas horas estendidos na relva, sem fazer nada de especial, só com o sol a bater nos pés descalços e a conversa sobre tudo e sobre nada (tens essa capacidade que sempre admirei de fazer conversa a partir do nada, por ti nunca havemos de esgotar temas, uma das razões por que te amo) com sumo de laranja a acompanhar.
O sol como gosto dele, brilhante no céu mas sem queimar; sentia-o a bater, estava bem de manga-curta mas nenhuma parte do corpo a escaldar.
Que maravilha de início de primavera!
S.
Sem comentários:
Enviar um comentário