Depois de três semanas em Portugal, o regresso atribulado a Bruxelas (que implicou uma recusa de embarque, uma noite extra em solo português, coração nas mãos na segunda tentativa de embarque e uma mala que não veio) já acabou e já estou novamente instalada na capital belga e com todos os meus pertences devolvidos.
Sinceramente, os aeroportos andam pouco imaginativos no que respeita os meus regressos atribulados, já que tudo o que se passou desta vez foi quase um déjà vu de há um ano e meio. De maneiras que foi com algum enfado que passei por tudo isto outra vez. Quando o senhor da segurança, em Lisboa, se dirige a mim e me impede de recolher a mala do raio X porque "A senhora tem aí uma latinha na sua mala..." - era de chá, what else - ainda me entusiasmei um bocadinho e pensei "Eh lá! Sou suspeita". Mas ele nem quis que eu abrisse a mala para confirmar o que era, de maneiras que aquilo acabou tudo muito rápido.
Enquanto o homem não chega tenho andado entretida a tornar a casa habitável, incluindo reabastecimento do stock alimentar, a voltar à rotina de ginásio - que não tinha chegado a tornar-se rotina - e a tratar de burocracias necessárias a uma permanência mais permanente aqui na Bélgica.
Amanhã é o meu primeiro dia de trabalho e tornar-me-ei formalmente uma emigra. De momento, estudo o mapa de transportes de Bruxelas para descobrir o caminho mais curto para o escritório, que infelizmente é demasiado comprido para ser percorrido a pé. O ginásio cá está para a substituição.
o universo conspira para que eu ame cada vez mais aeroportos
S.
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