terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Media, é assim mesmo #7

Antes que esteja a evoluir para qualquer coisa pós-feminista ou, pior, que acha que letras como o Blurred Lines são inofensivas, vou avançar com isto do "Media, é assim mesmo". 

O excerto que vos trago é de uma das comédias românticas mais engraçadas que vi nos últimos anos. E eu não gosto de comédias românticas. Carregadinhas de personagens-tipo que até dói. Mas desta gostei muito. Tem personagens femininas bastante interessantes (a Emma Stone fazendo da espirituosa que é e a Julianne Moore, de quem não há um filme que eu não goste), ainda que não tenha a certeza que passe no Teste de Bechdel. Não há grande interação entre elas e penso que não falam de mais do que de homens. O Gosling faz do típico playboy mas tem nuances interessantes, que tornam a personagem humana, e a evolução não o torna num lamechas insuportável. Não é portanto um filme distintamente feminista. Ainda assim, decidi apresentá-lo aqui graças a isto:



 
Por toda a recente polémica que o vídeo e letra da tal Blurred Lines provocou, pelo twerking, pelas Miley Cyrus e Rihannas deste mundo, e por todos os gritos de preocupação com a cada vez maior hipersexualização da indústria de música (hipersexualização das mulheres, claro está, em prol de uma sexualidade que não é necessariamente a delas, antes virada para o ideal masculino heterossexual. Ver artigo da Lia, que está tão bom), esta piada acerta na mouche. E o Ryan Gosling pode. Ele é feminista, não sabiam? :)




  
Ide checkar este projeto que uma aluna americana fez para estudar melhor a matéria do seu programa de Estudos de Género: http://feministryangosling.tumblr.com/ . Maneira original de estudar, ou quê?




S.

Disclaimer : este post não foi um pretexto para usar fotos do Gosling.

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