quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

E você, já mostrou a sua dose de indignação hoje?

Por falar em manifestações:


O projeto de lei do governo espanhol sobre a interrupção voluntária da gravidez está a provocar reações um pouco por toda a Europa.

Esta quarta-feira, cerca de duas mil pessoas, na maioria mulheres, vindas de toda a Europa, participaram numa marcha que começou junto à embaixada espanhola em Bruxelas e terminou junto ao Parlamento Europeu:

“Esta lei não respeita um mínimo de direitos de outras leis na Europa, porque trata as mulheres como se fossem menores”, diz uma manifestante espanhola.

Um cidadão belga explica:
“Pedimos ao governo espanhol que reveja o projeto de lei que tenciona aprovar, para garantir que o direito ao aborto não é restringido como está previsto na proposta de lei”.

Para os manifestantes, o assunto não diz respeito só a Espanha. Uma cidadã lituana fala da situação no seu país:

“Estou aqui porque temos uma situação semelhante na Lituânia, com uma lei que está no parlamento prestes a ser votada”.

No dia 1 de fevereiro está também prevista uma manifestação junto da embaixada de Espanha, em Paris.

O governo espanhol apresentou um projeto de lei que só autoriza o aborto em caso de risco fisico ou psicológico para a mulher ou violação, se tiver sido apresentada queixa."

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Segui o meu próprio argumento do "não fazes lá falta mas se todos pensarem assim ninguém vai" e fui lá marcar presença.

Algumas mulheres levaram cartazes ("Take your rosaries off of my ovaries"; "Church and state, you don't own my body"; "Free women give birth to free sons"; "Procreation is not an obligation"; "Mère quand je veux, si je le veux"; "Droits de l'homme pour les femmes aussi"), algumas levaram chapéus de bruxa (na Idade Média, quem abortava era as gentes que tinham pactos com o diabo). Vi bandeiras do Bloco de Esquerda português, vi a eurodeputada Marisa Matias e a Edite Estrela, cujo relatório sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres na Europa foi chumbado no Parlamento Europeu há umas semanas (mesmo não sendo vinculativo, certos governos europeus têm um medo que se pelam deste assunto. E a tendência, como se vê pelo exemplo da Espanha e da Lituânia, é para regredir.) 




S.

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