terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Blasfémia, heresia, palavrão



Só para deixar aqui registado, porque ainda foi há pouco tempo e por isso ainda tenho a certeza que é verdade: os pastéis de Belém da Fábrica dos Pastéis de Belém não foram os melhores pastéis de nata que comi na vida.




S.

19 comentários:

  1. Eu acho que mudaram a receita. A última vez que lá fui também achei uma banhada, que o creme estava diferente e a massa também - eu lembro-me deles mais altos e com outra consistência. Mas não tenho a certeza, pode ser a minha memória a pregar-me partidas, se calhar foram sempre assim e entretanto comi melhores noutro sítio e achei que os de Belém continuariam a ser os melhores.
    Há natas bem melhores em muitas outras pastelarias.

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  2. oh, alívio! O meu problema foi mesmo a massa, que estava mole, coisa que nunca provei nem no pastel mais reles. O creme, sim senhora, quentinho e doce, nada a apontar. Mas a massa estragou tudo.

    Não sei se mudaram a receita recentemente porque - outra blasfémia, esta maior que provar e não gostar - nunca lá tinha ido à Fábrica. Mas tenho para mim que os pastéis de nata da Pólo Norte em Mafra dão quinze a zero sem esforço.

    (As tartes da Dancake, aquelas revestidas de chocolate crocante são máquinas do tempo para mim. Mas nunca mais as vi à venda, não sei que foi feito :( )

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  3. quando li o post pensei que a blasfémia era que ias dizer que as "custard tarts" compradas num "café português" em londres eram melhores que os pastéis de belém.
    ufa, não.

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  4. Os pastéis de nata que comi em Londres foram sempre em Neros, nunca em cafés portugueses. E sempre em jeito de comfort food, portanto não é justo comparar :)

    Já aqui em Bruxelas comi pastéis de nata em pastelarias portuguesas (sem aspas, mesmo portuguesas, geridas por portugueses) que não sei se não rivalizam com os pastéis de Belém... Mas lá está, um pastel de nata no estrangeiro tem sempre adicionado o gostinho da saudade, é diferente.

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  5. :D acredito.
    Até porque li o post que a rita linkou ali em cima, e espantei-me com as memórias de paladar dela.
    Rita, mesmo estando na Alemanha as tuas memórias de textura e sabor são incríveis. Mas também deve ajudar o facto de os conseguires exprimir tão bem (em comparação, o chefe cordeiro naquele programa da rtp é uma autêntica nódoa, só sabe dizer que "está bom" ou "está mau" e "tem falta de sal")

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  6. @a.i. A textura e o olfacto são os meus sentidos mais apurados. Em compensação sou uma nódoa de ouvido, para a música e o resto, que acho que começo a ouvir mal, muito fraquinha visualmente e de certeza também má no sentido que me falta e de que agora não me estou a lembrar.

    Mas para além disso já tinha opiniões muito formadas sobre as questões importantes antes de ir ;)

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  7. (no estrangeiro há dois tipos de pastéis: os congelados industriais e uns congelados menos industriais, que acho que vêm de uma pastelaria em Hamburgo - devem ser estes segundos os que chegam a Bruxelas. Aliás, no pastel de Nata e no geral, a pastelaria semi-industrial, a das fábricas de bolos e não a dos mixes espanhóis, continua a dar cartas à grande maioria dos sítios com fabrico próprio)

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  8. o cheiro! mas memórias de cheiro acho que é muito difícil

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  9. Eu tenho quase a certeza que os pastéis de nata da Pastelaria Garcia são de fabrico próprio. Pelo menos eles têm uma sala de fabrico e os pastéis vêm sempre quentinhos. Depois há outro pasteleiro onde também já fomos comprar que fabrica segundo receita própria, que gosta muito de inventar e que nos deu a provar pastéis de nata de chocolate e com vinho do Porto e outras coisas maradas. Mas está quase sempre fechado, o que era uma tortura porque passávamos pela loja dele várias vezes por semana.

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  10. Ok, Bruxelas então é todo um outro mundo, achei que era mais como na Alemanha. Sortuda pá, emigração de luxo!

    @ai, entretanto lembrei-me que o sentido que me faltava era o paladar e que com textura, claro, eu queria dizer tacto. Meu Deus, estou aqui estou a chumbar no exame da quarta classe.

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  11. Deixa lá, Rita, eu não estou melhor, li "olfacto" e achei que o que te faltava era o "cheiro" .Mas sim, claro que textura é o tacto :)

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  12. Deixa lá, Rita, eu não estou melhor, li "olfacto" e achei que o que te faltava era o "cheiro" .Mas sim, claro que textura é o tacto :)

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  13. Vou meter o bedelho para confirmar o que escreveste mais acima: os do Garcia sao fabrico proprio, numa das minhas idas conheci o Sr que me explicou como comecou o negocio, que aquela parede imita a fachada do seu monte em Montemor-o-Novo, e que diariamente fazem muiiiiitos pasteis de nata.

    E ia sugerir-te o Forcado (acho que 'e este o nome?) na Chaussee de Charleroi - o tal de pasteis de nata de cafe, caramelo, speculoos, e afins. Passei por la no sab., estava aberto, comi uma data de pasteis e opah sao tao bons ... e experimentei ainda a tarte de requeijao sem farinha.
    Ele trabalha sozinho, por isso muitas vezes fecha a porta porque esta' a preparar fornadas. Explicou-me que no verao vai mudar-se para outro lado (ainda em Ixelles/Chatelain) e que tera servico de mesa, torradas, galao :p
    Fica a dica, ah!

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  14. Pronto, está confirmado o Garcia. E sim, é esse mesmo na Chaussée Charleroi o dos pastéis de nata de chocolate!!! De vez em quando ao sábado passávamos lá com desejos de pastéis mas era muito difícil encontrar a porta aberta (agora já percebo porquê). A expansão no verão é uma ideia, mas já não vou usufruir dela :(

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  15. Vais embora? Todos se vao,... tambem esta nos meus planos mas ainda nao sei quando, nem para onde :/

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  16. Sim, vou voltar para o UK :) 95% das pessoas que conheço aqui dizem que se querem ir embora, mas também não sabem quando. Bruxelas é uma cidade de caráter temporário, nem que seja psicologicamente (tenho vários amigos que dizem que se vão embora já há 5 e mais mas está difícil :) )

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  17. Já vi, por todos estes comentários e especialmente pelos comentários do post que a Rita linkou acima, que não estou de todo sozinha na negação do pastel de Belém :)

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